Norte e Sul - Elizabeth Gaskell

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O enredo do livro é um romance social que tenta demonstrar a vida e os conflitos existentes no norte industrializado dos meados do século XIX, através das impressões de uma jovem nascida nas regiões rurais da Inglaterra.

A heroína da história, Margaret Hale, é filha de um ministro religioso que se muda para a cidade fictícia de Milton, cujo modelo era a cidade de Manchester, onde Elizabeth Gaskell morou em companhia de seu marido. Lá Gaskell trabalhou em ações filantrópicas junto aos pobres da cidade e conheceu de perto as misérias das áreas industriais.

Para a protagonista, o sul onde havia nascido simbolizava o idílio rural, o triunfo da harmonia social e do decoro, contrapondo-se com o norte e seu ambiente sujo, rude e violento. Na medida em que conhece a difícil realidade da população local, ocorre então a formação de novas amizades e uma crescente atração por Mr. John Thornton, dono de uma fábrica têxtil. Ela terá que rever seus preconceitos, chegando à madura aceitação de si mesma e de seus sentimentos.

A mudança no estilo de vida choca Margaret que simpatiza profundamente com a pobreza dos trabalhadores e entra em conflito com John Thornton, o proprietário da fábrica têxtil local e amigo de seu pai. Após um encontro com um grupo de grevistas, no qual Margaret tenta proteger Thornton da violência dos manifestantes, os dois se apaixonam, entretanto, Margaret recusa o pedido de casamento de Thornton, por não concordar com a situação pelas quais seus funcionários passavam; mais tarde, ele a vê em companhia do irmão dela, confundindo-o com outro pretendente, e isso acaba por gerar outros conflitos não resolvidos. Margaret passa a acreditar que tinha perdido o afeto de Thornton e começa a vê-lo com outros olhos, o que eventualmente os leva a um novo reencontro.
Norte e Sul é um romance de Elizabeth Gaskell, publicado em forma de livro pela primeira vez em 1855, sendo que já havia sido publicado inicialmente na revista literária “Household Words”, de propriedade de Charles Dickens, entre setembro de 1854 e janeiro de 1855 em 22 partes semanais.

Conhecido inicialmente por “Margaret Hale”, teve seu título alterado por pressão de seus editores para “North and South”, demonstrando melhor o tema geral do livro: o contraste existente entre o modo de vida da Inglaterra industrializada do norte e da Inglaterra rural e inocente do sul, em uma época fortemente marcada pela revolução industrial do século 19. Quando a história foi publicada como um livro em 1855, esta incluiu um prefácio afirmando que por causa das restrições do formato da revista, a autora foi incapaz de desenvolver a história como desejava e, deste modo, “várias passagens curtas foram inseridas, e vários novos capítulos adicionados”.

O livro é um romance social que tenta demonstrar a vida e os conflitos existentes no norte industrializado dos meados do século XIX, através das impressões de uma jovem nascida nas regiões rurais da Inglaterra. A heroína da história, Margaret Hale, é filha de um ministro religioso que se muda para a cidade fictícia de Milton, cujo modelo era a cidade de Manchester, onde Elizabeth Gaskell morou em companhia de seu marido e trabalhou em ações filantrópicas junto aos pobres da cidade e conheceu de perto as misérias das áreas industriais. Para a protagonista, o sul onde havia nascido simbolizava o idílio rural, o triunfo da harmonia social e do decoro, contrapondo-se com o norte e seu ambiente sujo, rude e violento. Na medida em que conhece a difícil realidade da população local, ocorre então a formação de novas amizades e uma crescente atração por John Thornton, dono de uma fábrica têxtil local.
Capas Americanas
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Conhecendo uma obra original, é difícil apreciar verdadeiramente adaptações à mesma. Raras são as histórias que permanecem fiéis à obra escrita, que conseguem alcançar a sua beleza, que transmitem verdadeiramente as suas emoções. Felizmente a BBC é sinônimo de qualidade, e mais uma vez consegue criar uma bela série de época com este "North and South".

Se ao bom estilo da sua contemporânea Jane Austen, Elizabeth Gaskell conseguiu com Margaret e Thornton criar dois ícones da literatura inglesa, é através da adaptação da BBC que as personagens ganham uma nova vida, provando que os dois meios de difusão não são mutuamente exclusivos, mas que podem mesmo acabar por se completar. Muito embora a Margaret da série seja mais forte, mais determinada, menos preconceituosa, e a atuação de Armitage tenha marcado para sempre Thortnon, a história original permite compreender melhor a motivação de algumas personagens, esclarecendo as razões das escolhas de Richard Hale (Tim Pigott-Smith) e a paixão de Thornton, desenvolvendo mais profundamente o contexto histórico em que se insere.

Pelos olhos de Margaret do livro descobrimos a paisagem industrial de inícios do século XIX, uma época de mudanças e de desigualdades, de lutas sociais e laborais entre mestres e sindicatos – ficamos a conhecer a expirante Fannie (Jo Joyner), o determinado Higgins (Brendan Coyle), a pobre Bessy (Anna Maxwell Martin), a impressionante Hannah Thorton (Sinéad Cusack); mas é através da série, com a sua magnífica fotografia, cores, cenários e banda sonora, que Milton se re-imagina, que uma simples fábrica de algodão se transforma num encantador globo de neve.

Muito mais do que uma simples história de amor, North and South é uma adaptação imperdível da BBC, recheada de momentos arrebatadores, capazes de derreter até os corações mais cínicos.


http://janeaustensworld.files.wordpress.com/2010/09/elizabeth-gaskell-by-george-richmond-1851w200.jpg?w=200&h=267Elizabeth Gleghorn Gaskell (1810-1865) nasceu em 29 de setembro de 1810 em Lindsay Row, Chelsea, da união entre um ministro unitário e de uma filha de fazendeiro do condado de Sandlebridge, próximo a Knutsford in Cheshire. Aos 13 meses ficou órfã de mãe, sendo criada por sua tia, Hannah Lumb, cuja autora a considerava mais que uma mãe verdadeira.

Aos quatro anos, seu pai casou-se com Catherine Thomson, irmã do pintor escocês William John Thomson, que pintou um famoso retrato de Elizabeth em 1832. No mesmo ano, Elizabeth se casou com William Gaskell, indo morar em Manchester, onde o marido era ministro assistente da Capela de Cross Street e onde desenvolvia trabalhos filantrópicos e benemerentes junto à população mais pobre da cidade. Em Manchester, Elizabeth teve contato com os contrastes sociais e econômicos da cidade e com a sociedade literária e filosófica da região. Manchester era sinônimo de desenvolvimento econômico e de desigualdade social, o que levou Friedrich Engels descrever seus bairros operários em sua obra de 1844, “As Condições das Classes Trabalhadoras na Inglaterra”.

Elizabeth Gaskell era uma perspicaz observadora das relações humanas, especialmente entre os trabalhadores das indústrias de Manchester e das regiões rurais de onde ela era oriunda. Essa característica própria lhe valeu como uma grande ferramenta na construção de seus personagens e das relações entre os diversos núcleos dentro de cada romance. Seu círculo de amizade também lhe possibilitou uma análise profunda das relações humanas, sendo que Charlotte Brontë, John Ruskin, Carlyles, Charles Kingsley e Florence Nightingale frequentavam sua casa.

Antes de falecer em em 12 de novembro de 1865, por falência cardíaca, deixou uma biografia amplamente aclamada da vida de sua amiga Charlotte Brontë. Ao longo do século 20, a produção literária de Elizabeth Gaskell foi considerada fora de moda e muito provincial, mas hoje é considerada pela grande maioria da crítica especializada como um dos grandes nomes da literatura vitoriana britânica.

4 comentários:

Nanda disse...

Eu sou doida pra assistir essa adaptação. Só essa capa já me lembra muito Orgulho e preconceito. O livro tbm não li ainda, mas vou querer ler.

Milena disse...

Adorei seu blog :)
Muito fofo, parabéns *-*

ritaminnegabi disse...

Li o livro depois de assistir a minisérie da BBC e ambos são empolgantes. Interessante notar quão pouco mudou a humanidade nos últimos séculos.

Carol Azevedo disse...

Vim comentar justo no post do meu livro preferido EVER! <3
Parabéns pelo post, adorei o fato de você citar as adaptações que a obra possui.

P.S: Criei um blog recentemente, chamado "Bookólico". Please, dá uma passadinha por lá:
http://www.blogbookolico.blogspot.com.br

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