Um apaixonado casal de namorados, separados pelas exigências da guerra, sonham com o dia em que poderão se reencontrar. Mas o reencontro se dá em circunstâncias que nenhum dos dois havia esperado, numa atmosfera de desconfiança, traição, suspeita… e ao mesmo tempo, um desejo incontrolável!
Londres, 1816
Londres, 1816
Christian, preciso da sua ajuda. Não há ninguém mais a quem eu possa recorrer...Letitia.
Quando Christian Allardyce, o marquês de Dearne, leu estas palavras, seu mundo virou de pernas para o ar. Lady Letitia Randall é uma mulher especial, como nenhuma outra, e o dia em que ele a deixou para ir lutar pelo rei e por seu país foi o mais difícil de sua vida. Ele nunca esqueceu a sensação dos lábios de Letitia sobre os seus, mas nunca esperara voltar a vê-la.
Agora, porém, ela pede sua ajuda, e Christian sabe que será impossível resistir ao chamado... Letitia acredita que Christian a abandonou quando ela mais precisava dele, e a ideia de pedir-lhe ajuda a contraria profundamente. Mas ela jurou usar todas as armas ao seu alcance para limpar o nome do irmão, mesmo que isso signifique seduzir o ex-amante.
Mal sabe ela que Christian irá travar uma batalha pessoal, uma campanha de puro prazer e doce vingança que os levará além dos limites do desejo...
Letitia conhecia a sociedade londrina. Nascera e fora criada nela. Para ela, o grupo não era uma entidade fixa, mas um fluido e dinâmico universo no qual havia damas muito sensatas e — quando realmente poderosas — hábeis na arte da manipulação.
Ela ainda não alcançara o status de mestre, mas não era inexperiente nesse quesito.
Consequentemente, na manhã seguinte, ela pediu que aprontassem sua carruagem e seguiu para o parque. Hermione a acompanhou, mas tia Agnes, que morava com elas e costumava acompanhá-las nos passeios, preferiu ficar em casa, cansada do eventos da noite anterior.
— Sempre pensei que uma viúva devia ficar em casa pelo menos nas primeiras semanas — Hermione comentou no interior do veículo.
— Normalmente fica — Letitia concordou. — Mas somos Vaux. Nem mesmo a mais crítica viúva espera que nos isolemos. Não com um assassinato na família. Na verdade, ficariam desapontadas com isso. E não estamos festejando. Apenas… respirando ar fresco.
Além do mais, o movimento no parque era bem reduzido durante o mês de agosto. Os que possuíam propriedades no campo, a maioria dos membros da sociedade, haviam se retirado para passar o verão em paisagens mais bucólicas. Mas ainda restavam alguns poucos em Londres, pessoas que não possuía casas de campo e não tinham sido convidadas para visitar a propriedade de amigos.
Além de respirar ar puro e tentar dissipar de sua mente a névoa de sensualidade deixada pelo encontro com Christian, Letitia também queria estudar a reação da sociedade à notícia sobre o assassinato de seu marido.
Era impossível manipular a nobreza sem ter conhecimento da situação atual.
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